A Adobe anunciou esta semana a chegada das versões otimizadas para Windows em dispositivos com processadores ARM de várias das suas aplicações. De recordar que a Microsoft tem feito um enorme investimento em redor destes terminais, como poderás ver pela nomenclatura Copilot+ PC e pelos mais recentes Microsoft Surface.
Com efeito, programas como o Premiere Pro, After Effects, Audition e Media Encoder chegarão agora ao Windows 11, nas suas versões finais, em breve, para os dispositivos ARM. Estas versões estão atualmente disponíveis em formato beta, embora ainda apresentem algumas limitações e falhas, em comparação com as edições para sistemas baseados em Intel.
No caso do Premiere Pro, a versão nativa para ARM64 ainda não oferece suporte a extensões de terceiros, ficheiros de vídeo RAW como o ProRes, nem permite reprodução e exportação aceleradas por hardware dos formatos H.264 e HEVC em MP4.
Porém, espera-se que estas funcionalidades cheguem no futuro através de atualizações. Porém, há alguns aspetos que não enquadrarão nem as versões seguintes, como é o caso do efeito Loudness Radar, exportação para Wraptor DCP, compatibilidade com ficheiros GoPro CineForm ou exportação para o formato P2 Movie.
O mesmo passa-se com o After Effects. Por agora, não é compatível com ProRes, nem permite importar ou exportar ficheiros ARRIRAW, SWF, GoPro CineForm, JPEG2000 em MXF ou WMV. A versão beta também não aceita os formatos MotionJPEG e MKV e, tal como no Premiere Pro, não oferece aceleração por hardware para reprodução e exportação de H.264 e HEVC em MP4.
Por último, a Adobe informa ainda que os plug-ins de terceiros terão de ser atualizados para funcionarem nesta versão, pelo que o suporte a esses complementos ainda não está disponível.
A verdade é que, apesar de o Photoshop para Windows em ARM já ter tido uma versão beta lançada em 2020, a adaptação das ferramentas de vídeo como o Premiere Pro e o After Effects demorou bastante mais tempo a ser concluída. Até agora, os utilizadores de computadores com processadores Qualcomm – os Copilot+ PCs – tinham de recorrer à versão emulada do Premiere Pro, cuja performance era insuficiente para tarefas mais exigentes de edição de vídeo.