Quando a Microsoft lançou o primeiro Surface em 2012, a ideia era ambiciosa – criar um dispositivo capaz de combinar a produtividade de um portátil com a versatilidade de um tablet.
Numa altura em que o mercado era dominado por portáteis tradicionais e pelo iPad, a aposta parecia arriscada. No entanto, a visão da Microsoft acabaria por influenciar todo o setor de dispositivos híbridos. Aliás, como saberás, hoje não só há dispositivos de outras OEMs que se parecem com o Surface, como a Apple acabou por tornar o iPad cada vez mais parecido a um PC/Surface, com recurso ao teclado e um novo iPadOS 26, treze anos depois.
Ora, tudo começou com o Surface RT e o Surface Pro inauguraram uma linha que desafiava a noção tradicional de computador. O design com teclado destacável e suporte traseiro ajustável (kickstand) trouxe uma flexibilidade inédita. No entanto, como todos os “primeiros” produtos, não esteve livre de críticas. A maior delas, as limitações do Windows RT.
Com os anos que se seguiram, a Microsoft foi aprimorando a sua oferta, quer do ponto de vista do próprio dispositivo, quer do Windows. Mas foi com o Surface Pro 4 que, para muitos, a Microsoft acertou e provou que o conceito 2-em-1 funciona verdadeiramente.
Do mesmo modo, ao longo dos anos, a Microsoft foi apresentando novas versões do Surface Pro, bem como novos modelos – nomeadamente o Surface Laptop – um portátil mais tradicional –, ou o Surface Book – mais irreverente.
Cada lançamento representou, durante muito tempo, um avanço no design, na integração com o Windows e no foco na criatividade e mobilidade.
Com o lançamento do Windows 11 em 2021, a gama Surface ganhou um novo fôlego, na medida em que o sistema operativo foi otimizado para dispositivos híbridos, com melhor suporte ao toque, widgets, novos gestos e maior integração com canetas digitais como a Surface Slim Pen.
Porém, a empresa norte-americana foi simplificando o seu leque de produtos, focando-se atualmente nos modelos Pro e Laptop, em diferentes tamanhos e configurações. Isto é, a irreverências dos modelos Book, Studio e até do equipamento Android, Surface Duo, ficaram pelo caminho.
Os mais recentes modelos, Surface Pro 12” e 13”, bem como os Surface Laptop 13”, 13,8” e 15” refletem, contudo, a mais recente aposta da Microsoft – os Copilot+ PC. Isto é, trouxe o poder da inteligência artificial diretamente para o hardware, abrindo novas possibilidades para produtividade e criatividade.
Assim, como se distinguem os Surface dos restantes dispositivos com Windows 11? Ora, antes de tudo, são equipamentos fabricados pela mesma empresa que detém o software que neles se encontra. Melhor adaptado, mais avançado e capaz de retirar o máximo do Windows 11, sempre.