OpenAI conclui reestruturação e reforça parceria com a Microsoft
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OpenAI conclui reestruturação e reforça parceria com a Microsoft

O mercado bolsista e o mundo tecnológico não para! No centro de toda a movimentação estão, essencialmente, duas empresas – a OpenAI e a NVIDIA. Contudo, o maior destaque vai para a empresa que detém o ChatGPT. 

Com efeito, a mais recente notícia que junta a OpenAI e a Microsoft, tem que ver com o facto da OpenAI ter finalizado recentemente a sua controversa transição para um modelo de negócio com fins lucrativos, ao mesmo tempo que anunciou um novo acordo estratégico com a gigante de Redmond. Esta mudança marca um ponto de viragem na forma como a empresa encara o futuro da inteligência artificial e, em particular, o desenvolvimento da tão falada AGI (Inteligência Artificial Geral).

Onde entra a Microsoft nesta história? Ora, a gigante tecnológica, que já detinha uma participação significativa, ajustou a sua posição. Isto é, passou de 32,5% para cerca de 27% da nova estrutura, um valor estimado em 135 mil milhões de dólares. 

O novo acordo resolve um dos pontos mais sensíveis da parceria: a chamada “cláusula AGI”. Antes, a Microsoft poderia perder direitos sobre a tecnologia da OpenAI caso esta atingisse a AGI. Agora, a decisão de declarar a chegada da AGI será validada por um painel independente, e a Microsoft mantém direitos de propriedade intelectual até 2032, incluindo sobre modelos desenvolvidos após esse marco. 

Este modelo híbrido foi aprovado após longas negociações com as autoridades da Califórnia e Delaware e só assim a empresa conseguiu avançar. O processo também não esteve isento de polémicas judiciais, incluindo disputas com Elon Musk, cofundador da OpenAI em 2015.

Como saberás, a Microsoft e a OpenAI trabalham “juntas” há já algum tempo. Daí que, para muitos, o Copilot (AI da Microsoft) se apresenta tão apto e poderoso como o ChatGPT, uma vez que partilham inúmeros recursos e funcionalidades similares. 

Com esta reestruturação, a OpenAI garante estabilidade financeira e mantém a supervisão da sua fundação sem fins lucrativos, ao mesmo tempo que reforça a colaboração com a Microsoft. A grande incógnita continua a ser quem chegará primeiro à AGI e como será regulada a utilização dessa tecnologia. O certo é que a parceria entre estas duas empresas continuará a moldar o futuro da inteligência artificial, tanto no lado empresarial como no impacto social e ético.