As últimas semanas têm sido repletas de acontecimentos tecnológicos. E a verdade é que no dia anterior ao lançamento do novo Surface Pro 12” em Portugal, a Apple anunciou as novidades que reservou para o iPadOS 26.
Enquanto se pensava que a grande novidade do iPadOS 26 fosse o novo design Liquid Glass, o maior restyling desde 2013 a verdade é que a empresa de Cupertino trouxe algo que já ninguém esperava. Isto é, a possibilidade de utilizar e organizar as aplicações em janelas – como num PC –, e de as redimensionar livremente no ecrã, impulsionando o multitasking ao máximo. Para além disso, a Apple introduziu barras de menus no topo, como já se via desde sempre no macOS.
Ou seja, o iPad, com a próxima versão de software, passa a ser (quase) um computador. E é aí que entra o Surface Pro e, muito provavelmente, a tua escolha já a pensar no próximo ano letivo, ou na carta ao Pai Natal.
Ambos direcionados para público mais jovem, o iPad e o Surface Pro 12” prometem ocupar o lugar de destaque para quem procura tirar o máximo partido de um tablet que também quer ser um computador.
Por um lado, o iPad prossegue a sua vocação como excelente ferramenta de leitura, escrita, desenho e consumo de conteúdos: leve, fino, bateria de longa duração (até 15 horas) e suporte ao Apple Pencil. Por outro lado, o Surface Pro oferece tudo isso, com o Windows 11 completo, possibilidade de correr variadas aplicações e multitasking potente. No entanto, é ligeiramente mais pesado e a bateria prometida (até 16 horas) é sempre mais difícil de ver concretizado.
Ambos os equipamentos têm recursos muito bons de Inteligência Artificial, nomeadamente o Copilot no Windows e a Apple Intelligence no iPad. Contudo, lembra-te que isto apenas se aplica, no caso do iPad, nos modelos mais recentes, com um processador M1 ou superior, na medida me que nos equipamentos mais antigos não é possível contar com a Apple Intelligence.
Seja como for, o iPad tornou-se muito mais convincente, especialmente para os que privilegiam leveza, autonomia e as novas funções de AI, mas não deixa de ser “mais tablet que portátil”. E claro, tirarás o máximo proveito comprando o mesmo adicionado do teclado, que por si só elevam o investimento a outro nível, tornando-o provavelmente mais caro que o Surface Pro 12” com teclado.
Dessa forma, talvez seja possível, objetivamente, olhar para o Surface Pro como o dispositivo mais abrangente e fiável para estudos técnicos, codificação e aplicações específicas.
Assim, numa nova época que se avizinha – 25/26 –, as dúvidas tornam-se ainda maiores. E a forma de averiguares qual a opção correta para ti terá que ver, muito provavelmente, com a tua preferência e ecossistema no qual te inseres. Se já tens um iPhone, talvez o iPad faça maior sentido. Caso contrário, a familiaridade com o Windows e a ligação que consegues ter entre o PC e equipamento Android, para transferires ficheiros, imagens e muito mais, talvez justifique a escolha do Surface.